segunda-feira, 25 de abril de 2016

Em março, governo Dilma captou mais R$ 52,2 bi “emprestados” no mercado

Para fazer caixa e tocar o financiamento nacional, o governo Dilma tem necessidade de R$ 589,7 bilhões até dezembro de 2016
Presidenta Dilma durante coletiva de imprensa (foto: Roberto Stuckert Filho/Fotos Públicas)

O relatório mensal da dívida pública brasileira, que é divulgado pelo Tesouro Nacional, apresentou, nesta na manhã de segunda-feira, 25 de abril, que o governo federal fechou o mês de março de 2016 captando R$ 46,8 bilhões no mercado interno e mais US$ 1,5 bilhão (R$ 5,4 bilhões) no mercado externo para seu caixa. Quem ainda não sabe, essa era a antiga e problemática DÍVIDA EXTERNA BRASILEIRA que foi alterada, politicamente, quando o PT assumiu. Em fevereiro, o relatório havia demonstrado que o atual governo captou R$ 55,7 bilhões e em janeiro R$ 72 bilhões, sendo que, em janeiro, o governo teve de pagar o montante de R$ 150,4 bilhões da dívida. Somando os três primeiros meses, o montante de "empréstimos" federais é de R$ 179,9 bilhões. A prestação de contas também demonstrou que o total da Dívida Pública Federal-DPF já está na casa dos R$ 2,88 trilhões (equivalente a US$ 815 bilhões nesta data) e deverá subir ainda mais, mês a mês, até fechar o ano entre R$ 3,1 e R$ 3,3 trilhões.

Mesmo depois de ter perdido os três selos de bom pagador por parte das agências de classificação de risco internacionais, o Brasil continua insistindo e tendo certo êxito em tomar dinheiro para pagar suas contas e financiar seu desenvolvimento social. Só que, com o governo PT, as operações são feitas quase que totalmente, no próprio mercado brasileiro impedindo um efeito maior da perca dos selos. É a chamada troca da dívida externa pela dívida interna e os riscos para quem “emprestou” ou vai “emprestar” esses montantes mensais, os 708.711 investidores, conforme o próprio tesouro diz, são quase nulos.

As dívidas que o governo paga hoje em dia foram feitas com vencimentos bastante variáveis. Dependendo do indexador (a taxa de rendimento de juros para o investidor) e, principalmente, se é interna ou externa, os prazos para sua quitação vão de doze meses a 11 anos. A dívida interna, que é quase a totalidade, por exemplo, tem vencimentos de juros anuais. O relatório também revelou que, para acudir todas as demandas de pagamentos e financiamentos previstas para o Brasil este ano, sem precisar aumentar tanto os impostos, o governo federal precisará captar no mercado interno um volume total de R$ 589,7 bilhões até dezembro. Somando os R$ 2,88 trilhões do fechamento de 2015 mais os R$ 589,7 bilhões necessários para 2016, o total apurado para a Dívida Pública Federal 2017 seria na ordem de R$ 3.489,7 trilhões. Este montante seria reduzido para a expectativa de R$ 3,1 e R$ 3,3 tri conforme os pagamento fossem saindo igual aconteceu no mês de janeiro deste ano. Também poderia haver uma redução se caso vier a ocorrer o repasse do balanço patrimonial do Banco Central ao caixa do Tesouro Nacional no volume previsto de R$ 152,5 bilhões. O próximo relatório mensal, com os resultados de abril, será divulgado dia 27 de maio.

Para se conhecer melhor como funciona o caixa do governo e ver os relatórios mensais e anuais, acesse o site do Ministério da Fazenda.

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