quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

CUIDADO

GRANDE PREJUÍZO
Trechos de estradas transbordando. Duas pontes, algumas residências, áreas, propriedades rurais e reservas de matas nativas também foram atingidas. A vegetação, nas duas margens do rio Corrente sofreram destruição. Segundo a PM, pelo menos oito casas próximas à usina foram danificadas. Instalações de controle da hidrelétrica também foram atingidas, de acordo com a polícia. Ponte que liga Caçú e Itajá (indo rumo a São Paulo e Mato Grosso) foi danificada. Condutores tem que passar por estrada de Aporé. ONGs e produtores rurais, com projetos e propriedades na região abaixo do Rio Corrente, estão amargando prejuízos por causa do transbordamento. Áreas de dois municípios (Aporé, no Sudoeste e Itarumã, ao Sul) ficaram com espaços de áreas alagados. Até o momento não há notícias de vítimas fatais.
DESASTRE:
O desastre aconteceu na manhã de ontem, quarta-feira, 30 de janeiro de 2008. O Rio Corrente encheu acima do normal e a água chegou com muita pressão. Houve uma erosão na barragem devido a uma rápida elevação no nível da água e este fato ocasionou um rompimento em uma das laterais da barragem. A barragem cedeu em um trecho de cem metros de extensão, segundo o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar. A estrutura possui 45 metros de altura e 1,5 km de extensão sobre o rio Corrente. No momento do desastre não houve vítimas, pois pessoas, trabalhadores e até um casal de moradores próximo, foram retirados rapidamente.

O sargento da Polícia Militar Paulo Sérgio dos Santos, que esteve no local, disse que a força da água derrubou árvores e afetou lavouras nas proximidades. "Do local [da barragem] tem uns três ou quatro quilômetros [de margens do rio] todos alagados. É muita água."
O fazendeiro e vereador Jobal Velosa Filho, que tem uma propriedade a 20 km da barragem, disse que a destruição no local "foi total".
"A casa da sede, o pomar, a criação, foi tudo embora, não sobrou nada. Os funcionários só não morreram porque, por sorte, tinha um senhor pescando na beira do rio que viu a água subir e gritou: Corre que vem vindo água. Explodiu, explodiu", contou, por telefone. (AGÊNCIA FOLHA – FOLHA ON LINE).

Mozart Carvalho, presidente do Sindicato Rural de Jataí, é um desses produtores rurais com propriedade às margens e abaixo do Rio Corrente. Ele esteve solicitando espaço em programas jornalísticos de rádio no dia de hoje para denunciar a situação. Para Mozart, os responsáveis pela Usina Espora estão querendo minimizar a situação tentando dizer que a culpa é da natureza, pois, o que houve, na verdade, foi um erro de engenharia (erro humano) o que ocasionou uma infiltração e provocou o que, em sua visão, é o maior desastre ecológico do estado de Goiás. A região abaixo da barragem virou erosão e causou destruição. A UHE Espora está sendo construída no Rio Corrente entre os municípios de Aporé e Serranópolis, no Sudoeste do estado de Goiás.

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