terça-feira, 11 de abril de 2017

A LISTA DA FAXINA

Com 108 nomes, sendo nove ministros, três governadores, 29 senadores, 42 deputados, um ministro do Tribunal de Contas da União-TCU e 24 pessoas, o novo relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal-STF, o ministro Edson Fachin, quebrou o sigilo e revelou ao público quais foram os citados nos acordos de delação com 77 executivos e ex-diretores da Organização Odebrecht. Dentre os políticos, se destacam 18 nomes do PT, 16 do PMDB, 12 do PSDB, nove do PP, cinco do DEM, cinco do PSD, quatro do PSB, quatro do PR, três do PRB, dois do PCdoB, um do SD, um do PTC e um do PPS. Isso só na primeira chamada. Entre os citados estão Michel Temer, Lula, Dilma Rousseff, Aécio Neves, José Serra, Geraldo Alckmin, Rodrigo Maia e vários outros em exercício de mandato. Vale lembrar que esta é a segunda lista. Na primeira, de 2015, haviam 54 nomes e muitos que constavam naquela também aparecem nesta que são de outros delatores.

NEM PARA PROCRIAR

São ideias de Bolsonaro - fazendo uso da palavra durante evento do clube Hebraica (judeu) no Rio de Janeiro: "Onde tem uma terra indígena, tem uma riqueza embaixo dela. Temos que mudar isso daí! Não temos, hoje em dia, mais autonomia para mudar essa situação, pois, entregou-se tanto a nossa nação que chegamos a esse ponto. Quilombola é outra brincadeira! Fui em uma reserva em Eldorado Paulista e olhe que o afrodescendente mais leve que vi por lá pesava sete arrobas! Não fazem nada! Acho que nem para procriadores servem mais. São mais de R$ 1 bilhão por ano gastos com eles". A assessoria política do Bolsanaro só esqueceu de explicar a ele que, no caso dos índios, os mesmos já estavam aqui quando as naus Santa Maria, Pinta e Niña chegaram.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

MARCELO ENTREGA

Parece que o homem mais honesto do Brasil e até mais que o Papa está sendo acusando de ter recebido R$ 13 milhões em propina. E o melhor: em especie, ou seja, em notas vivas. O senhor Luiz Inácio Lula da Silva, o homem dos 13, está sendo delatado por Marcelo Odebrecht como sendo o codinome “amigo” na planilha da propina e de ter levado esse montante dividido em seis parcelas entre 2012 e 2013 como parte das artimanhas para beneficiar a construtora em obras como os estádios da Copa do Mundo, as adequações para as Olimpíadas no Rio de Janeiro, dentre outras no Brasil e no exterior. Lula, claro, como bom samaritano e candidato à canonização, nega tudo.

NA BOCA

Terminou, de forma melancólica, a participação do casal Marcos Harter e Emilly Araújo no famigerado programa Big Brother Brasil-BBB 2017 (Rede Globo), uma das maiores audiências televisivas durante a semana. Depois de se unirem em sexo e protagonizarem um escândalo pornográfico no horário, o romance azedou e acabou virando caso de polícia. Um relacionamento como o de Marcos e Emilly é o tipo de pimenta que tempera o nível do BBB. Agora é gozação da boca pra fora.

SEM RESERVAS

Jair Bolsonaro jogou pesado e até arrancou risadas (e uma ação do MPF), desta vez ao dizer que negros descendentes de quilombolas não deverão ter reservas de terras em seu virtual governo a partir de 2018. Descendentes quilombolas (os pretos), assim como os sulistas (os brancos), formam comunidades de alto valor cultural por manterem costumes seculares. A raça e a tradição dessas pessoas são passadas de pais para filhos da forma como foram concebidas no país de origem e antes da imigração para o Brasil. Será que o virtual presidente Bolsonaro vai conseguir mudar a mentalidade de berço africano dos quilombolas dizendo que eles terão de trabalhar duro como todo bom brasileiro pagador de impostos?   

domingo, 9 de abril de 2017

MAIS APOSENTADOS

O presidente Michel Temer (PMDB) está entre a cruz e a espada: ou ele quebra a Previdência (pagando o que tem de pagar a todos os aposentados brasileiros) ou ele quebra seu próprio governo (insistindo na reforma da Previdência). Se insistir na proposta de prorrogar (ainda mais) a aposentadoria, bem como no achatamento salarial, poderá arruinar seu governo tampão (PT-PMDB) e destruir seus planos políticos. A aposentadoria é um dos atos político-administrativos mais populares e de maior relevância na definição de um chefe de Estado. Por outro lado, se não ajeitar as contas dos pagamentos e continuar tendo que manter um custo de Previdência que só aumenta a cada ano (tendo em vista o batalhão de pessoas que buscam a segurança da aposentadoria), vai acabar com um pepino nas mãos por pura falta de liquidez suficiente. Pagar Bolsa Família e aposentadoria, ao mesmo tempo, tem de buscar arrecadação.