sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

VÍTIMAS DO VOO TIVERAM PRESSENTIMENTOS

Vítimas do voo da Chapecoense que tiveram pressentimento ruim
Alan Ruschel, Adriano Bittencourt, Neto e Gelson Galiotto, vítimas do voo que pressentiram algo

Da redação – Algumas das vítimas do voo da Chapecoense, pelo menos quatro delas, tiveram pressentimentos ruins antes da viagem. O lateral esquerdo, Alan Ruschel, um dos sobreviventes, teve sumiço em seu passaporte na antevéspera do embarque. Preocupada, sua noiva, Marina Storchi, disse: “É porque não é para você ir nesta viagem”. Mesmo diante do pressentimento da noiva, o jogador foi cumprir com seu dever levando sua carteira de identidade, o que, por si só, já garante o relaxamento de entrada na Colômbia. 

O chefe da segurança do clube, Adriano Bittencourt, morto na tragédia, bem antes de viajar havia feito um surpreendente desabafo à sua esposa Laura Bittencourt confidenciando um momento psicológico desagradável em sua vida. “Estou com um pressentimento ruim de que alguma coisa possa me acontecer. Estou me sentindo cansado e pesado”, disse em lágrimas preocupado com o futuro dos filhos. Inclusive uma das filhas, que ouviu a conversa, falou para ele parar de ficar falando aquelas bobagens. 

O zagueiro Neto, o último dos sobreviventes a ser resgatado, havia contado para sua mãe, Valéria Zampier, e tentado contar à sua esposa, que havia tido um pesadelo horrível na véspera do voo com o avião descendo em queda livre até o chão.

O narrador, Gelson Galiotto, da Rádio Super Condá de Chapecó, o “vozeirão” da cidade, também morto no voo, adorava estar sempre junto ao grupo da Chapecoense e era um apaixonado pelo time. Embarcou no voo de última hora substituindo outro narrador. Entretanto, de forma estranha antes do embarque, deixou mensagens em áudio para sua esposa, Eziquiela Galiotto, relatando sua insatisfação e se dizendo muito preocupado em virtude do tumulto de última hora.

TIVERAM PRESSENTIMENTO E NÃO FORAM – O vice-presidente e agora novo presidente da Chapecoense, Ivan Pizzo, desistiu do embarque dois dias antes (no sábado, 26), por ter tido um pressentimento ruim e não estar se sentindo bem consigo mesmo. Ele havia dito à delegação que não queria mais ir e, mesmo diante das insistências, recusou explicando que depois falaria sobre o motivo.

Edson Florão, repórter da Rádio Oeste Capital FM de Chapecó, emissora que perdeu dois profissionais no voo, estava escalado para seguir o time até Medellín. Entretanto, revelou que ele é meio sensitivo e sentiu algo o avisando para não ir. Ele então inventou uma boa desculpa e ficou em Chapecó.

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