DESASTRE DA CHAPECOENSE FOI INFELICIDADE DE UMA VIAGEM COM IMPROVISOS
Foto: Fuerza Aerea Colombiana /Fotos Públicas (29/11/2016) |
FALHA 1: Desconhecer o tratado da ANAC quanto a voos fretados Brasíl-Colômbia-Brasil.
FALHA 2: Mudar o Plano de Voo e não fazer a parada do abastecimento para esse tipo de avião.
FALHA 3: Usar o mesmo avião recusado em uma venda por falha elétrica e não ter nave de reserva.
FALHA 4: Usar combustível contando e sem margem para erro.
FALHA 5: Demora em não reportar à torre prioridade no pouso por FALTA DE COMBUSTÍVEL por medo de ser multado e até preso e até perder a licença para operar.
AZAR 1: Estar chovendo na hora do voo e a chuva fazer voltar os problemas de falha elétrica no avião.
AZAR 2: Ao reportar à torre FALTA DE COMBUSTÍVEL já ter acabado de entrar um outro pedido igual fazendo perder a prioridade no pouso a mais de 30 km do aeroporto obrigando a esperar e improvisar manobras, tais como, giros de 5 minutos no ar para pegar altitude e aproveitar o ar rarefeito.
Levantamentos por Sérgio Torres
É VERDADE QUE UM VIDENTE PREVIU O DESASTRE COM OITO MESES DE ANTECEDÊNCIA?
-No dia 26 de março de 2016, durante uma participação em programa de TV no Paraná (programa Olga Bongiovanni), o vidente Carlinhos expôs uma leva de premonições para o ano e, dentre essas, ele predisse que cairia um avião com um time inteiro dentro de um ano ou um ano e meio - só não conseguiu ver qual time era e nem se seria um desastre no Brasil ou no exterior. Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=IrQDoOQ6BZM
QUEM ERA A LAMIA, EMPRESA AÉREA DO AVIÃO ENVOLVIDO NO ACIDENTE?
-A LaMia (Línea Aérea Mérida Internacional de Aviación) iniciou suas operações em 2009, no estado de Mérida na Venezuela. O parlamentar, Ricardo Albacete Vidal, em parceria com o mega empresário chinês, Sam Pa (também Xu Jinghua) e com o apoio político do presidente Hugo Chaves, criou a empresa para impulsionar o setor aéreo no país (voos regulares, ou seja, linha aérea). A mesma foi registrada como uma companhia de ciência e tecnologia em uma estratégia para se conseguir a aplicação de verbas de um fundo de investimentos do governo chinês destinado à Venezuela. O governo do estado de Mérida também deveria dar sua contrapartida, entretanto, não fez sua parte e o proprietário, Ricardo Albacete, sem conseguir colocar aviões de forma regular no ar (transporte de passageiros via venda de bilhetes), resolveu, em 2013, transferir a sede da empresa para o estado de Nova Esparta. Lá, mesmo tendo conseguido começar a operar, o governo estadual também não cumpriu com sua parte e o proprietário resolveu mudar novamente e, em janeiro de 2015, transferiu a LaMia da Venezuela para a cidade de Santa Cruz de la Sierra na Bolívia. Lá, em sociedade com o piloto Miguel Alejandro Quiroga Murakami, criaram a LaMia boliviana, uma pequena empresa de transportes aéreo especializada em fretes (chárter) de times de futebol profissional. Em seguida, Ricardo Albace mudou-se para a Espanha onde foi atuar com os negócios petrolíferos da China Sanangol de Sam Pa e arrendou os aviões para o Miguel Quiroga e um outro sócio chamado Marcos Rocha. Sua oficina é localizada em um grande galpão branco na Rua Los Socoris com Av. Paraguá em Santa Cruz de la Sierra. Possui 12 funcionários e tem representação na cidade de Cochabamba. Veja as postagens da rotina da empresa no facebook e se surpreenda:
https://www.facebook.com/micky.quiroga.9
https://www.facebook.com/micky.quiroga.9
QUEM ERA MIGUEL QUIROGA, PILOTO DO AVIÃO E DONO DA LAMIA BOLIVIANA?
-O boliviano, Miguel Alejandro Quiroga Murakami, também chamando de “Micky”, era natural da cidade de Cobija (Pando), tinha 36 anos e era piloto já experiente. Casado com Daniela Pinto, filha do ex-senador boliviano, Roger Pinto Molina (que veio fugido de Evo Morales para o Brasil), morava com a família (esposa, três filhos, cunhados e sogros) em um sítio afastado e de difícil comunicação na cidade de Epitaciolândia (Acre), fronteira com a Bolívia. Estava construindo uma casa na cidade e era descrito como “louco por aviação'. Miguel Quiroga foi piloto amador até se graduar no Liceu Militar Tenente Edmundo Andrade (Chuquisaca) e Colégio Militar de Aviación (COLMILAV). Nesse tempo, foi piloto militar da Força Aérea da Bolívia até 2007 e depois retornou para carreira comercial. Seu pai também foi piloto. Miguel Quiroga trabalhou na Companhia Ecojet onde fazia voos regulares (vendas de passagens).
QUAL ERA O MARKETING DA LAMIA BOLIVIANA?
QUEM A LAMIA BOLIVIANA JÁ HAVIA TRANSPORTADO?
-A empresa já havia feito frete transportando a seleção argentina (com Messi e cia), seleção boliviana, Atlético Nacional, clubes bolivianos, Federação Venezuelana de Futebol, dentre outros da Copa Sul-Americana 2016. A própria Chapecoense havia feito uso dos serviços para viajar a Barranquilla (COL) para enfrentar o Junior nas quartas de final. O Atlético Nacional era cliente mais frequente, tendo realizado ao menos seis viagens desde o ano passado, a última ainda em novembro quando foi ao Paraguai enfrentar o Cerro Porteño nas semifinais. Antes do acidente, operava com três aeronaves, sendo uma regularizada (a do desastre) e duas com problemas de documentação.
É VERDADE QUE QUISERAM VENDER ESSE AVIÃO DO DESASTRE?
-O próprio mega empresário chinês, Sam Pa, tentou comprar esse mesmo avião para usar em um de seus negócios, entretanto, desistiu alegando que o mesmo sofreu uma pane elétrica depois de ser atingido por um raio.
OS JOGADORES DA CHAPECOENSE E A COMISSÃO TÉCNICA JÁ CONHECIAM O PILOTO MIGUEL QUIROGA?
-Sim. Miguel Quiroga já era bem conhecido de pessoal, tanto que, no último vídeo postando em rede social pelo jogador Filipe Machado, antes do avião decolar da Bolívia, eles brincam perguntando para onde vão depois da viajem para a Colômbia e respondem que vão para o Acre (estado brasileiro de residência do piloto).
TEM POSSIBILIDADE DE PREVALECER A HIPÓTESE DE QUE O PILOTO, SENTINDO QUE O AVIÃO IRIA CAIR, DESCARTOU O RESTO DO COMBUSTÍVEL PARA EVITAR UMA EXPLOSÃO NO IMPACTO COM O SOLO, MORRENDO ASSIM, COMO UM HERÓI?
-O modelo da aeronave acidentada, que é apenas para voos regionais (curtos) não possui recursos de se fazer alijamento de combustível (fuel dumping) em pleno voo, portanto, ele não teria como descartar resto de combustível.
E QUAL ERA, ENTÃO, O MODELO DA AERONAVE?
-Era um avião AVRO RJ 85, quadrimotor, asas altas para levantar voos mais fácil em pistas de terreno acidentado (como as da América do Sul), fabricado pela inglesa BRITISH AEROESPACE (BAe 146), matrícula CP 2933, com primeiro voo em março de 1999 (vendido para a americana Mesaba). Em 2006 foi vendido para a CityJet e, em 2013, foi vendido para a LAMIA Venezuela de Ricardo Albacete em parceria com o chinês Sam Pa e o governo Hugo Chaves/Nicolás Maduro. Tinha capacidade para até 90 passageiros e mais a tripulação. Segundo documento da DGAC (Direccion Geral de Aeronáutica Civil), que regulamenta a aviação na Bolívia, este avião tem autorização de voo até 26 de janeiro de 2018, e apólice de seguros válida até 10 de abril de 2017.
QUAL FOI A ÚLTIMA MENSAGEM DEIXADA PELO PILOTO PARA SUA FAMÍLIA?
-Antes do voo de Santa Cruz para a Colômbia, o piloto, Miguel Quiroga, usou um grupo de whatsapp para deixar uma mensagem de áudio de menos de 15 segundos para sua sogra, Denise Pinto, dizendo assim: “Mami, estou saindo do aeroporto Viru Viru, de Santa Cruz. Irei até Medellín. Chamo quando chegar” (“Mami: voy saliendo del aeropuerto Viru Viru, de Santa Cruz (Bolivia), iré hasta Medellín, llamo cuando llegue” ).
Pelo horário de Brasília, o avião da Chapecoense decolou do aeroporto Viru Viru em Santa Cruz da la Sierra às 20:18min e sumiu do radar a 0h55min por pane elétrica em decorrência de consumo total de combustível. Isso faz com que o mesmo tenha viajado por 4 horas e 37 minutos antes de cair.
ÁUDIO: diálogo entre o comandante do avião e a funcionária da torre de controle pedido prioridade para pousar (11 minutos finais - em espanhol):
ÁUDIO: diálogo entre o comandante do avião e a funcionária da torre de controle pedido prioridade para pousar (11 minutos finais - em espanhol):