terça-feira, 1 de janeiro de 2008

NOITE MANCHADA DE SANGUE

RAPAZ SE METE EM CONFUSÃO E É GOLPEADO NO REVEILLON
AUTOR: Sérgio Henrique Serino Silva, 20 anos, serviços gerais, morador da Vila Olavo (preso em flagrante)
VÍTIMA: Daniel Medeiros Gonçalves, morador da Vila Olavo

O que pode acontecer quando se encontra uma pessoa com problemas familiares e outras de pavio curto? Agora imagine todos eles embalados no agito de festa. Quase tragédia na certa não é? Pois é. Por volta da 1:30 hs da madrugada do dia 1º de janeiro de 2008, o serviços gerais, Sérgio Henrique manchou de sangue o Reveillon Popular 2007-2008 em Jataí. O pivô da confusão foi à cunhada da vítima. Pelas declarações prestadas à polícia, o fato se deu da seguinte forma: dois jovens casais estavam no embalo do Reveillon Popular. São eles: Carlos Henrique Medeiros Gonçalves e sua esposa Francejane Evangelista Martins (16 anos) e Daniel Medeiros Gonçalves e sua namorada Denise Barbosa Silva. Carlos e Daniel são irmãos. Os dos casais ainda estavam em companhia de uma moça de nome Lorraine. Cruzando no caminho deles estava o jovem Sérgio Henrique Serino Silva na companhia de outro colega. Sérgio, com um braço enfaixado e de camiseta verde estava curtindo a festa quando viu e gostou da figura adolescente da esposa de Carlos, mas manteve distância. Quando Carlos precisou ir ao banheiro deixou a esposa com o casal Daniel & Denise, além de Lorraine. Foi quando Sérgio com seu braço enfaixado lançou olhar sobre Francejane e também foi fitado por ela. Achando que aquilo era um flerte, resolveu se aproximar e, mesmo com a presença do outro casal, foi ver se Francejane não gostaria de sair dali para ir tomar uma cerveja com ele e o outro amigo. Francejane bem que poderia ter só agradecido e dispensado o convite, mas preferiu levar a coisa na ofensa e respondeu assim: “até posso ir mas só se meu marido for junto também”. Sérgio, então, disse que não sabia que ela era casada, pediu desculpa e já ia saindo. Só que Daniel, que foi desconsiderado pela abordagem e vendo a afronta com a cunhada, nem pensou duas vezes: saiu do lado da namorada e partiu para a agressão contra Sérgio e seu braço engessado. “Vou te ensinar a mexer com mulher casada”, falou isso e POU! Desferiu um soco forte no rosto de Sérgio que caiu no chão. Segundo a testemunha Denise, Sérgio ainda se levantou e, com um braço são, acertou dois murros em Daniel e depois, no meio dos sopapos de ambos os lados, Sérgio sacou de uma arma branca (faca) e desferiu um golpe no abdômen de Daniel que veio cair a seus pés. Depois, Daniel ainda se levantou , mas com o ferimento, caiu novamente, dessa vez, perto de uma viatura da polícia e já ensangüentado. Tudo aconteceu rápido. A namorada ainda testemunhou quando Sérgio fugiu e jogou a faca nas águas do lago JK. A outra testemunha ouvida pela polícia foi o Carlos. Segundo ele, ao voltar do banheiro viu a confusão e o momento em que seu irmão estava caindo ao chão e Sérgio em fuga. Carlos ainda correu atrás de Sérgio mas não o alcançou, então voltou e ficou sabendo que seu irmão havia sido golpeado com faca na barriga. Após esperar o socorro do corpo de Bombeiros, Carlos e as meninas foram pegar o carro para acompanharem até o hospital. Percebendo que estavam quase sem gasolina, resolveram ir até o posto bem próximo abastecer. Lá viram e reconheceram Sérgio (braço engessado, camisa verde) e chamaram os policiais que o prenderam. Depois é que Carlos ficou sabendo o motivo do ocorrido.
O AUTOR- Sérgio Henrique, em seu depoimento à polícia, deu sua versão que coincide com a versão das testemunhas até o momento da agressão. O jovem alegou que, ao tomar um soco no rosto e cair ao chão, a faca que trazia consigo também saiu e caiu na calçada. Ele então pegou a faca e tomou mais um murro e na confusão Daniel viu a arma e o desafiou: “vem em mim, me mata”. Sérgio disse que deu um golpe mas que nem imaginou ter atingido a barriga de Deniel. O jovem também falou que ainda tomou um murro de Carlos e saiu correndo, jogou a faca nas águas do lago e foi rumo ao posto de combustíveis ali perto. O braço engessado (ou enfaixado), segundo ele, teria sido causado há 10 dias em uma briga na família. A faca que estava portando era para sua própria segurança já que ele costuma voltar para casa de madrugada.
Daniel se recupera da agressão após passar por uma cirurgia de Centro Médico Municipal. Sérgio foi preso, enquadrado no artido de tentativa de homicídio e recolhido à Cadeia Pública Municipal.


COMENTÁRIO: Após tentar subir sem sucesso ao alto do Cristo para fazer fotos, estava eu voltando para o perto do palco do show da banda Nova Face. Ao começar a adentrar a multidão pela calçada, um rapaz de camisa verde e com o braço direito enfaixado passou por mim com muita pressa pedindo licença e correndo rumo ao posto Guarani II. Logo atrás dele passou outro, por mim, de camiseta branca e boné com a mesma pressa (onde esse povo vai com essa pressa toda? pensei). Percebi o movimento e logo notei um aglomerado de pessoas junto a alguém caído próximo a uma viatura policial. Me aproximei e vi o rapaz caído com a mão no abdômen ensanguentado e sendo amparado por outro jovem. Então escutei alguém dizendo: "É o Daniel, filho do Gustinho!" Enquanto aguardava a chegada do socorro (que demorou minutos para chegar), tirei fotos. Após a ambulância do corpo de Bombeiros ter partido para o hospital, também houve um outro tumulto bem no meio da multidão em frente o palco. Só que, desta vez, o lucutor do show parou a música e pediu um coro de vaias aos tumultuadores que foram detidos.

(Sérgio Torres)

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