O governo Temer tem quase 80% de reprovação e só tem 5% de aprovação popular. Ele "comprou" o apoio dos deputados para não ser cassado e hoje está nas mãos do congresso. Ele é odiado pela esquerda, tolerado pela direita e sem carisma pelo centrão. Temer é o presidente que mexeu nos direitos do trabalhador e atrapalhou a vida de quem quer se aposentar, além de cobrar altos impostos (gasolina e conta de luz). Um cara desses não pode nem sair na rua, quanto mais fazer sucessor de um governo que nem é dele (é da Dilma PT). Temer tem fama de ladrão por causa do escândalo da gravação da JBS.
Imagine um hipotético discurso do Temer na TV nas Eleições 2018. O que será que ele poderia dizer ao eleitor?
-“Minha gente. Eu, como presidente, tive que assumir um governo que estava indo na contramão da história. Com seríssimas dificuldades, a economia entrou em crise e o crescimento foi negativo. Desde o início da nossa gestão estamos empenhados e promovendo todos os esforços possíveis nessa gigantesca batalha que é recuperar a confiança do mercado, cumprir a meta fiscal e retomar o rumo do crescimento do PIB. Hoje o Brasil pode voltar a sorrir mesmo diante da situação que ainda se encontra. Muito mais ainda há de ser feito pelo próximo governo a partir de 2019. O caminho já está pavimentado. Com seriedade e compromisso com as contas públicas concretizamos propostas, como, o teto de gastos por 20 anos, o reajuste possível do salário mínimo e as reformas trabalhista e previdenciária. Todas essas condições nos exigiram grandes sacrifícios, entretanto, sabemos que foram imprescindíveis e fundamentais para o País continuar no rumo certo da recuperação. Também conseguimos melhorar a balança comercial, controlar a inflação, reduzir significativamente a taxa de desemprego que chegou a casa dos 14 milhões e estamos dando um aumento real no Bolsa Família em 2018”.
E ainda poderia se lembrar de pedir desculpas pelos vários aumentos da gasolina e da bandeira vermelha na conta de luz.
O Temer poderia dizer isso dando a entender que tem a máquina na mão e pedindo apoio para sua eventual candidatura a reeleição ou para um candidato de sua confiança, como Henrique Meirelles ou Rodrigo Maia ou outro com quem tenha fechando acordo.
Mas cá entre nós: depois de tantas medidas amargas e impopulares, o estômago do eleitor teria condições de digerir a continuidade de um eventual governo Temer?